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Modelo SEBRAE-EMBRAPII de financiamento de projetos de PDI para Startups

Por: Emyle Ferreira, Marcus Marinho, Mateus Maximo e Pedro Fernandes

(04 maio 2022)

Definidas, atualmente, por diversos especialistas e investidores, como um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócio continuado e expansível, trabalhando em condições incertas, as Startups possuem o desafio de empreender, atividade de alto risco, mas também com potencial de retorno extremamente atrativo. Nesse cenário empreendedor, dentre as diversas possibilidades de investimento disponíveis para empresas nascentes, abordamos no artigo sobre Startups e PDI: disrupção, riscos e modelo de financiamento algumas das vantagens do modelo de parceria entre SEBRAE e EMBRAPII. 

Nesse modelo de cooperação, estão dispostas algumas modalidades de aporte financeiro que são caracterizadas pelo número de empresas envolvidas no mesmo projeto. Isso mesmo! É possível que empresas de diferentes segmentos de atuação possam compartilhar em sinergia neste ecossistema de inovação, formando parcerias para o desenvolvimento de um mesmo projeto, podendo ainda contar com as vantagens de fomento da parceria no âmbito dos contratos SEBRAE-EMPRAPII. A seguir explicaremos melhor duas dessas modalidades que são oferecidas para parcerias entre duas ou mais empresas: o Encadeamento Tecnológico e a Aglomeração Tecnológica. Confira abaixo alguns detalhes dessas modalidades:

MODALIDADE/EMPRESAS PARTICIPANTES  CONDIÇÕES SEBRAE 
ENCADEAMENTO TECNOLÓGICO
Projetos de inovação desenvolvidos em parceria com um único empreendedor individual, empresa nascente (startup), microempresa ou empresa de pequeno de porte e uma média ou grande Empresa da cadeia produtiva
Aporte financeiro do SEBRAE será de até 70% da contraparte do MEI e da MPE no projeto, limitado ao valor de R$ 200.000,00. 
AGLOMERAÇÃO TECNOLÓGICA
Projetos de inovação desenvolvidos em parceria com um grupo de empresas, sendo elas microempreendedor individual – MEI, microempresa/empresa de pequeno porte e empresa nascente (startup) e/ou uma ou mais média ou grande Empresa da cadeia produtiva.
Aporte financeiro do SEBRAE será de até 70% da contraparte do MEI e da MPE no projeto, limitado ao valor de R$ 300.000,00.

 

No modelo de Aglomeração Tecnológica são possíveis cinco tipos de arranjos:

  • Tipo 1 – Três ou mais empresas dentre as possíveis participantes sem a participação de média ou grande empresa da cadeia produtiva ou fundo de investimento, aceleradora ou entidades afins;
  • Tipo 2 – Duas ou mais empresas dentre as possíveis participantes com pelo menos uma média ou grande empresa, sem a participação de fundo de investimento, aceleradora ou entidades afins;
  • Tipo 3 – Pelo menos duas empresas entre as possíveis participantes e duas ou mais médias ou grandes empresas, sem a participação de fundo de investimento, aceleradora ou entidades afins;
  • Tipo 4 – Duas ou mais empresas entre as possíveis participantes e pelo menos um fundo de investimento, aceleradora ou entidades afins, sem participação de média ou grande empresa;
  • Tipo 5 – Duas ou mais empresas entre as possíveis participantes, pelo menos uma média ou grande empresa e pelo menos um fundo de investimento, aceleradora ou entidades afins.

Com esses modelos de incentivo, o aporte da contrapartida financeira por parte das empresas seria rateado entre as participantes do projeto, proporcionando um investimento mínimo. Nesse sentido, Startups podem se desenvolver com potenciais clientes das suas soluções, firmando parcerias que podem ser suportadas por acordos comerciais, que delimitem o usufruto dos resultados alcançados, como por exemplo, o acesso exclusivo a um possível licenciamento da tecnologia por um dado período ou uma carência de pagamento da assinatura de um serviço em contrapartida pelo investimento outrora realizado.

Além das vantagens relacionadas ao aporte financeiro dessa linha de financiamento, as empresas dispõem ainda de instituições e equipes de profissionais de excelência que são vinculadas às Unidades EMBRAPII. Com esse modelo de desenvolvimento de projetos, os riscos de insucesso na execução são minimizados, uma vez que contam com toda expertise adquirida de execução de projetos e conhecimento de tecnologias das Unidades EMBRAPII.

Projetos nas áreas de software, automação, internet das coisas, inteligência artificial, entre outros, têm ganhado cada vez mais espaço no âmbito das Startups, uma vez que a tecnologia se apresenta como forte aliada à promoção de soluções disruptivas para novos negócios. O VIRTUS, por fazer parte da Unidade CEEI-EMBRAPII de Software e Automação, tem executado diversos projetos seguindo esses modelos de financiamento.

Além disso, o VIRTUS entende as dificuldades e desafios associados aos modelos de financiamento destacados, sendo capaz de nortear e desenvolver projetos com os parceiros que almejam melhores resultados possíveis nas mais variadas tecnologias. Se você é responsável ou participa de uma Startup e gostaria de saber mais sobre esses modelos de financiamento, entre em contato conosco por meio das nossas mídias sociais ou mande sua mensagem para nós utilizando este link.

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